quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Há notícias assim, que em plena campanha entre Sim e Não à criminalização do aborto, nos transportam para outros níveis do conhecimento e da história da ocupação humana do planeta. Em Itália, um grupo de arquólogos encontrou dois esqueletos humanos abraçados. Pela primeira vez, a ciência está em condições de comprovar que no período neolítico, entre 5 a 6 mil anos atrás, os antepassados da espécie de que fazemos parte eram capazes de afecto e certamente, de emoções. Mas a notícia dos dois esqueletos encontrados perto de Mantova, acrescentava que se trata provavelmente de um homem e uma mulher. A confirmar, claro está. Impensável que no neolítico dois homens ou duas mulheres pudessem morrer ou ser sepultadas abraçadas? Será impensável para estes cientistas e para a imprensa que acompanhou o caso que o abraço de Mantova não seja um exemplo de amor heterossexual? Será difícil de imaginar que os motivos que levam duas pessoas a morrer ou a serem sepultadas abraçadas, pouco ou nada tenham que ver com a sua orientação sexual e tudo a ver com as condições dessa morte e o afecto entre ambas? É evidente que a orientação sexual das pessoas que foram estes esqueletos não interessa nada para o caso. O importante é que estão abraçados(as) e é isso que é lindo!
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