sexta-feira, fevereiro 27, 2009
Uma acção sobre a dificuldade em equilibrar e suportar todas as coisas que fazem parte da vida, ontem no centro de Lisboa, a lançar o MAYDAY para 2009 :)
quarta-feira, fevereiro 25, 2009
sexta-feira, fevereiro 20, 2009
Espaço ao Sobrenatural (uma rubrica ficcional)
Actualmente, um acto gerativo, sem qualquer união de adultos, define um agregado familiar legítimo. Nem sempre foi assim, aliás, o casamento foi há 30 anos sapado das suas características discriminatórias, que ilegitimavam o agregado primeiramente referido. Hoje em dia, é equiparado ao primeiro*, mas não decorre dele. É paralelo. O primeiro pode ocorrer com ou sem casamento. O primeiro, é um agregado com fundamento na procriação em virtude da sua materialidade concreta. O segundo não o é, a procriação não é mandatória, nem essencial, como quando a sua essencia era discriminar a legítima da ilegítima (e não era mandatória também então).
Ainda assim ficou algo no casamento que é o seu valor em relação às uniões de facto: a possibilidade de tornar PARENTE como os de sangue, com as respectivas discriminações positivas, hierarquias de benefícios na economia domestica a que um é chamado desse modo.
A regra do jogo é que um e um só parente pode ser chamado, e não se pode acumular esse tipo de parentalidade.
(isto parece uma perspectiva desapiedada? De todo, pode-se olhar o amado e saber que é COMO carne da carne)
Onde queria chegar era a uma perspectiva tradicional do casamento, para TER EM CONTA que alguns dos aspectos discriminatórios tendem a ser rejeitados na cultura evoluindo, e que poderemos estar perante outra situação dessas.
A maneira de chamar a parente descende da inscrição dos gerados na família do pai, filhos do pai, e não na da mãe, filhos da mãe_inscrição impossível: bastardos, sem família. A mãe, na sua família é filha de sangue. Na família do pai, é COMO filha de sangue, um salto numa linha contínua (dos avós para os netos). Ora, ISSO já não está em funcionamento como factor discriminatório, das mulheres ou dos gerados. Está pura e simplesmente desactivado. Inscrevem-se um no outro. E o casamento continua a operacional, logo, a sua função tradicional acrescia algo, que é o que agora está em uso (o voto dos conjugues: carne da minha carne, que nem a possibilidade de divorcio desmente).
Esta digressão serve para contrariar a desonestidade intelectual de invocar a natureza (realidade biológica da procriação, 2 indivíduos num dado momento) como modelo e/ou matriz do casamento tradicional. O facto das discussões publicas irem pousar imensas vezes no incesto demonstra a origem descrita:a organização do lugar na família (nesses casos não se fala de abuso de crianças, mas de relações que anulam este modelo descrito); idem para a poligamia, que partilha muitas das características, com A devida diferença; já a zoofilia (mesmo versão canário) é descer com o pé para a chinela, esquecer que ainda é o trânsito dos humanos nas famílias que estamos a falar. Ainda é o deslize monstruoso que mais denuncia o velho habito de condenar a manufactura esmerada do corpo.
Espaço ao Sobrenatural (uma rubrica ficcional)
Alguém conhece a história da europa? A europa era uma ninfa que andava por aí, até que zeus transformado num touro a raptou (como se dizia na altura), e teve nessa altura uma filha, que se casou com um rei, e o traiu com um touro, um touro mesmo mesmo mesmo,com a ajuda de um arquiteto que lhe fez uma vaca postiça, um dildo ao contrário, ou seja um dildo-buraco-vaca, e ela então gerou o minotauro. Como toda a gente sabe, o arquiteto foi o padrinho.
Isto é tudo muito sério. A poligamia e a zoofilia.
A CRISE VENCEREMOS!
sexta-feira, fevereiro 13, 2009
Reincidências
2 anos depois da vitória no sim no referendo à Interrupção Voluntária da Gravidez, provavelmente para acalmar os bispos face à sua ameaça de apelar ao voto contra o PS devido à proposta de Sócrates (promessas, promessas...) de alargar o casamento civil à população lgbt, a ministra da saúde anuncia que quer criminalizar quem fizer mais do que um aborto, para evitar reincidências.
Para quando, a criminalização do Estado pela falta (reincidente) de uma aposta decisiva no planeamento familiar e na educação sexual?
Para quando, a criminalização do Estado pela falta (reincidente) de uma aposta decisiva no planeamento familiar e na educação sexual?
quarta-feira, fevereiro 11, 2009
Espaço ao Sobrenatural (uma rubrica ficcional)
Esquizamentos:
*Para ter mão no que sobeja, há que ter mão no que falta.
*O sagrado, deve estar longe da mão.
"em variados ritos religiosos, o mito que é público, é o performado pelos iniciados numa narrativa exactamente oposta. Chega a ser necessário que os excluídos tenham acesso a todos os elementos, sem que consigam juntá-los, e perceber que são os visados da accção de poder, da acção conjunta; o próprio pacto, dos iniciados_não é mais que uma acção de se-crato, uma cracia que se afunda, mergulha e reforça-se num afecto distinto do comunitário"