Geração Gisberta: Dez anos a Lutar Contra a Transfobia
6ª FEIRA, DIA 26 DE FEVEREIRO, 22H, CAFÉ JUNO (Rua do Anjo, 49)
DEBATE COM: Jó Bernardo (activista trans), Alice Cunha (Panteras Rosa), João Paulo (PortugalGay.PT), Sacha (Panteras Rosa), Liliana Rodrigues (Braga Fora do Armário), Sérgio Vitorino (Panteras Rosa - moderador)
PROJECÇÃO DE TESTEMUNHOS
LANÇAMENTO DA TRANSZINE Nº 2
ORGANIZAÇÃO: Krizo - Educação, Arte e Cidadania;
Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia
APOIOS:
Juno Café; Braga Fora do Armário; Projéctil
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PORTO
SÁBADO, DIA 27 de FEVEREIRO, 18:30H, no CONTRABANDO - Espaço Associativo (Rua Mártires da Liberdade, 83)
DEBATE COM:
Alice Cunha (Panteras Rosa), Ana Cristina Pereira (Jornalista), Gabriela Moita (Psicóloga)
Jó Bernardo (Activista trans), João Paulo (PortugalGay.PT), Sérgio Vitorino (Panteras Rosa - moderação), entre outrxs (em actualização)...
PROJECÇÃO DE TESTEMUNHOS
LANÇAMENTO DA TRANSZINE Nº 2
JANTAR SOLIDÁRIO (3,5 euros, pré-inscrição através do endereço electrónico panterasporto@gmail.com)
ORGANIZAÇÃO: Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia
Há 10 anos desaparecia Gisberta, uma pessoa amada e generosa apesar de todas as dificuldades que se acumulavam na sua vida. Mulher trans, imigrante, trabalhadora do sexo, sem-abrigo, toxicodependente, seropositiva, com tuberculose... Já todxs sabemos os estigmas que a colocaram numa situação muito vulnerável e a tornaram alvo do ódio. O facto de ela ter sido torturada, violada e assassinada por menores em risco só realça a violência da sociedade em que vivemos e a urgência de a transformar profundamente.
O drama pessoal de Gisberta tornou-se rapidamente num "caso" simbólico que ganhou visibilidade internacional graças ao trabalho da ªt e das Panteras Rosa. Contra a resistência transfóbica dos media e até boa parte das organizações gays e lésbicas, um movimento trans ganhou força aos poucos. Houve lutas nesta última década, tivemos vitórias: da primeira marcha do orgulho LGBT no Porto em 2006 em homenagem à Gisberta ao primeiro bloco trans na marcha de Lisboa em 2015, passando pela lei de identidade de género de 2011, a geração Gisberta ganhou força.
Hoje, é mais que nunca necessário continuar a luta pela autodeterminação e pela dignidade de todas as pessoas trans, parte inalienável do combate pelos direitos humanos. Vamos juntar forças e exigir a despatologização das identidades trans, assim como o fim do estigma que pesa sobre as pessoas imigrantes, trabalhadoras do sexo, toxicodependentes e/ou seropositivas. Só assim conseguiremos a dignidade que todxs nós merecemos.
Pretendemos com este evento, com a participação de pessoas que conheceram pessoalmente Gisberta Salce Júnior e/ou intervieram directamente na denúncia do crime e contra todas as tentativas de apagá-lo, homenagear Gisberta, recordar os factos ocorridos há dez anos e pesar o que - desde então - se caminhou ou não para que nunca mais suceda. Convidamos, assim, à participação e envolvimento de todas as pessoas.